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domingo, 12 de setembro de 2010

aro

Espojei-me, pois, na tua luz;
mirei o meu dedo firme,
apagador de todas as promessas;
pisquei-me,
quase rarefeito,
aguarela deslavada,
nas viagens circulares,
cavalgando as ondas
que o céu extinguiu.

Sou o que o mar te salgou,
a vida que te ensoberbece,
a coluna do teu fumo;
verga-te, pois,
contrito,
ao meu lume,
ao meu decreto!

(imagem do autor
obtida com telemóvel:
S. Pedo de Moel)

2 comentários:

  1. Um farol pode devolver-nos o vulto improvisado de um navio quee nos leva para lugares de lume...
    Um beijo, Jaime.

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  2. (...)
    "aguarela deslavada,
    nas viagens circulares,
    cavalgando as ondas
    que o céu extinguiu."

    Há encanto no ondear destas viagens.

    L.B.

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