As minhas mãos já esqueceram os caminhos
e o regresso fez-se ponte;
houve, talvez, uma só manhã,
um dia real no fragor do tempo;
mas as minhas mãos continuam esquecidas
e o poema não se fez,
nem nas vagas tardes
em que o Sol escalava o poente,
funâmbulo de si mesmo,
gesto seu
de riso vadio.
(foto do autor obtida com telemóvel: praia de S. Pedro de Moel)
Um poema maravilhoso! Um poema que me remeteu para o universo da escrita e dos poetas, que me recordou um ocaso "em que o Sol escalava o poente, funâmbulo de si mesmo" vadiando op riso...
ResponderEliminarUm beijo.
"Um dia real no fragor do tempo"...
ResponderEliminarE o poema, desprendeu-se das mãos, sublime!
L.B.