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quarta-feira, 31 de março de 2010

evolução

Caminho convulso entre restos de mim. Talvez recorde tempos felizes, gratos de vida. Sei hoje que já não tecerei mais quimeras. Arrasto todo o meu passado na repetição tragada do remorso. Aos aromas de primaveras recordadas nada sobra, a não ser a fuga de inteiros soluços.



Voltei. Trago entre os polegares a evolução fugaz de quem teima em caminhar com os olhos postos nem se sabe onde, se dirige para o absurdo e insiste em proclamar-se "sapiens".
 
(inspirado num poema de marés,
publicado no seu blogue)
(fonte da imagem:
http://commons.wikimedia.org)
 

1 comentário:

  1. o eco
    desta água que se prende
    ao eu
    é feito de metais
    também de antigos incêndios
    no plasma do mar
    e de desordem na voz da criação.

    *

    um abraço imensamente grato Jaime

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