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sexta-feira, 20 de novembro de 2009


quando me revi,
em sonhos,
máculas fugidas
em passos ridentes,
já a minha imagem
se alegrara no tempo,
medida da sua fuga
ad aeternum...

o passado
destilara restos de areia
em vales sonantes,
quartzo fumado,
gotas funéreas;
já o plangor,
entre frestas
sobrara...

sabes?
tu não serás
a justa medida,
o bronze funéreo,
o ser;
estão-te guardados
estios e sóis de vento,
na inquietação doce
de um luar de Maio...

(inspirado em moriana)
(imagem retirada da net)

2 comentários:

  1. Bonita inspiraçao (como sempre). Beijos.

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  2. o tempo
    guardião e medida
    de todas as fugas

    o renascimento
    a pedra
    que uma noite
    de luar reverte

    ____

    beijo e bom fim de semana

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