Pelo Norte,
as calotas,
entre frémitos de quietude,
na gulosa angústia dos sentidos,
sonhavam os hemisférios,
entreabertos num só corpo
caloso;
os caminhos estorvavam-se,
nas pederneiras ecoantes,
as vozes frígidas,
os suspiros em gotejos,
cintilavam no pensamento,
naquele Norte
esquecido das sibilas,
dos funâmbulos até,
onde o musgo
tão travesso até aí ,
cabisbaixava-se,
pedinte,
pela sua medra.
Lagos pétreos,
luas dissipando-se,
claras,
migravam o gesto,
o azul férreo,
do Grande Norte!
(imagem retirada da net)
Muito bonito, Jaime!
ResponderEliminarBeijos.
gotejos
ResponderEliminara norte
gaisers
de sentidos
abertos
ao cerne do olhar
límpidas as luas
que adormecem as pálpebras
_____
um beijo Jaime
a um norte mais próximo
"luas dissipando-se,
ResponderEliminarclaras,
migravam o gesto,
o azul férreo,
do Grande Norte!"
Um belo poema a lembrar-nos os problemas que o planeta enfrenta...
Beijos.