agora,
deixa as águas paradas
beberem,
vadias,
os restos do fogo;
reescreve a ânsia do silêncio:
talvez o teu prémio
esteja entre o desvario
e o outono em sóbrio crescendo...
(imagem retirada da net)
(inspirado num poema de marés
publicado no seu blogue marés de espanto)
hoje escrevo devagar.
ResponderEliminartão devagar como as sombras na fendida noite sobre a ria.
dobrada sobre antigos ângulos de fogo a memória é a extensíssima ponte onde os olhos ficam perdidos de mapas.
a madrugada acorda-me a gramática de outra língua
e o silêncio tem agora a leveza da folha de plátano ao sabor da chuva.
chegam-me palavras com a voz do mar.
emudeço nessa voz, aqui, onde a chuva pára e a noite brilha.
Jaime:
Emociona-me, profundamente.
Obrigada.
Mais uma bela inspiração...beijos.
ResponderEliminarLi o poema da Marés, que te inspirou. E notei, mesmo antes de ler a nota de rodapé, que havia pontos comuns. Mas gostei da tua inspiração, fizeste um belo poema.
ResponderEliminarAbraço.