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segunda-feira, 5 de outubro de 2009


agora,
deixa as águas paradas

beberem,
vadias,
 os restos do fogo;
reescreve a ânsia do silêncio:
talvez o teu prémio
esteja entre o desvario
e o outono em sóbrio crescendo...

(imagem retirada da net)
(inspirado num poema de marés
publicado no seu blogue marés de espanto)

3 comentários:

  1. hoje escrevo devagar.
    tão devagar como as sombras na fendida noite sobre a ria.
    dobrada sobre antigos ângulos de fogo a memória é a extensíssima ponte onde os olhos ficam perdidos de mapas.

    a madrugada acorda-me a gramática de outra língua
    e o silêncio tem agora a leveza da folha de plátano ao sabor da chuva.

    chegam-me palavras com a voz do mar.
    emudeço nessa voz, aqui, onde a chuva pára e a noite brilha.

    Jaime:
    Emociona-me, profundamente.

    Obrigada.

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  2. Li o poema da Marés, que te inspirou. E notei, mesmo antes de ler a nota de rodapé, que havia pontos comuns. Mas gostei da tua inspiração, fizeste um belo poema.
    Abraço.

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