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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

excertos

Eu rio-me,
sorrio
dos velhos poetas,
eu adoro toda
a poesia escrita,
todo o orvalho,
lua, diamante, gota
de prata submergida
(...)

(Pablo Neruda, excerto de "O homem invisível")

... a poesia escrita leva-me ao eterno,
ao obscuro passado, presente de hoje,
aos risos cantados ao orvalho,
apáticos entre as luas da madrugada;
para onde caminhas, velho poeta,
que levas contigo o princípio da sabedoria?
A esmo palpitam tuas folhas rabiscadas;
e eu, manietado, escrevo com os olhos
nas estrelas fixas, algoritmos rasos de inocência...

(imagem retirada da net, "O descanso do poeta" de Marc Chagall)

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