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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

12º Concurso das Palavras

Ainda em vida
toquei na velha flauta,

cantata liberta

de longos véus escuros.

Já não há maldição;

espantaste todas as vitualhas,

todas,

pelo meu salão escuso.

Amor?

Fugidio,

nem se lhe sentiu a sombra,

nem simplicidade naquele olhar,

escorregadio de coragem, em renúncia.

(…)

Ode à orquídea!

Ao beija-flor que a resgata,

entre dois sulcos de brisa!

No redondel do olhar,

foi tão só um benjamim

ascenso de si,

apenas,

naquele meu salão escuso.

Partilha a tua boca,

apenas.

Tecer frases feitas

é um caminho de tortura,

sem bermas.

Verdade sem tristeza,

por onde, vida,

nos levas,

em melodias

de trevos e vielas?…

(poema com que participei no "12º Jogo das Palavras" organizado no blogue Eremitério. Bem-haja pelas suas iniciativas)

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