Ainda em vida
toquei na velha flauta,
cantata liberta
de longos véus escuros.
Já não há maldição;
espantaste todas as vitualhas,
todas,
pelo meu salão escuso.
Amor?
Fugidio,
nem se lhe sentiu a sombra,
nem simplicidade naquele olhar,
escorregadio de coragem, em renúncia.
(…)
Ode à orquídea!
Ao beija-flor que a resgata,
entre dois sulcos de brisa!
No redondel do olhar,
foi tão só um benjamim
ascenso de si,
apenas,
naquele meu salão escuso.
Partilha a tua boca,
apenas.
Tecer frases feitas
é um caminho de tortura,
sem bermas.
Verdade sem tristeza,
por onde, vida,
nos levas,
em melodias
de trevos e vielas?…
(poema com que participei no "12º Jogo das Palavras" organizado no blogue Eremitério. Bem-haja pelas suas iniciativas)
Um jogo lindo que deu um livro!! E que adorei estar incluída...beijos.
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