Diz-me que desprezo é esse
que não olhas pra quem quer que seja,
ou pensas que não existe
ninguém que te veja
(António Variações)
Meus olhos tropeçam
no esguio ar dos outros.
Arrogo-me ao desdém
e caminho
num luto por mim mesmo.
Meus olhos implantam-se
nos negros que vêem;
tropeço em memórias,
sinais.
Olhos inquisidores,
olhares, sempre olhares.
Cúmplices, reféns
de minhas mãos
que os embalam,
que os regem,
em majestosa cadência,
em sumptuosa ínsula...
(foto retirada da net)
antónio variações, poemas fabulosos.
ResponderEliminardeu o mote ao teu.
:)
bjs.
Do que os olhos vêem restará tão somente a recordação...
ResponderEliminarImpressa na nossa alma com a força dos sentidos...
Os sons, os cheiros, o toque, o sabor, as imagens...
Mas o tempo... esse que nada sente... leva-as com ele e, das recordações, massa do nosso ser... restarão apenas memórias do que foi...
A "demência" de Variações é também um pouco minha, daí...
ResponderEliminarapenas as memórias do tempo, blindness. A fuga, o desapego também. Não será ainda cedo para te preocupares com isso?
ResponderEliminarBeijos