Levitam os ares,
sopram os encantos;
entre os dedos
erguem-se pedras,
rochas antigas,
em que os tempos falavam,
roçavam a memória.
Hoje, teus dedos sussurram suspiros,
trejeitos d'ontem;
as mãos recolherão
a imagem da terra.
Entre suspiros me deito;
há caminhos na terra,
sulcos de desejo,
a memória eleva-se,
o corpo amorna-se,
enrola-se,
abraça-se no vazio das imagens,
das falésias dos sonhos...
(inspirado num poema de moriana)
engraçado...
ResponderEliminartambém sempre achei que a terra nos eleva em possessão e em sonho
não só o ar e o vento
(...talvez a ligação a ela e o seu amor)
mas é preciso saber ouvi-la, não é?
talvez quedo, silencioso, receoso e expectante se lhe oiça o murmúrio, e que ele nos transporte
grande abraço