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quinta-feira, 29 de maio de 2008

fluidez em dó menor


Flui o olhar,
o som,
a altercação.
Flui em sentido,
em pária névoa,
em gaveta;
aberto,
num súbito desdobrar
de umas asas altaneiras;
daquele voo
(esquecido)
na fluidez do raio.
Ecoam cravos,
percussões latentes também,
o ribombar das cordas,
o fluir do olhar,
da vista encantada.
Drapejam velas,
asas,
na fila desaustinada
daquele sopro,
em que nada se queda,
na queda dos olhos,
naquela altercação sonante...


(em 26/05/08, 19H40, estação do metro Cidade Universitária)

3 comentários:

  1. Amigo
    Mais um poema "daqueles" !
    Cheio de movimento, sons, diria mesmo vertiginoso.
    Gostei muito.
    Beijinho

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  2. Olá, Helena
    Escrevo para mim; no entanto, busco também aprovações...
    Beijos

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  3. Os sentidos...
    As sensações...
    Como que fora do meu corpo
    Ele adormece-me os sentidos
    Sou qual brisa, livre...

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