A Lua cai,
parte-se,
rodopiam estilhaços,
nos brilhos loucos,
volteiam olhos
de antigos marinheiros
que na Lua viam o Caminho.
Hoje, as rochas restantes
já nada dizem
e os olhos, dementes,
só conduzem
a escolhos
que, por sorte,
levam ao cavalgar
das ondas,
das próprias ondas
que estilhaçaram
a Lua;
fechou-se o círculo.
(foto dum grafito em
S. Sebastião, Lisboa)
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