O passeio era contínuo.
Já nem tinha a mesma vida,
o céu nem lhe parecia azul,
ou as flores pintalgadas
os guaches que lhe haviam dado
havia tanto tempo.
Era um passeio contínuo,
já nem descalça podia andar,
eram as botas que lhe haviam calçado
a sua obrigação.
Uma quase tropa
naquela que fora a sua casa.
Tanto tempo perdido,
tantas palavras por dizer.
E uma marcha contínua,
sempre...
mais do que um passeio veloz,
uma fuga!
(Em 77 palavras,
Desafio 147, o passeio).
Só um poeta pode fundir as 77 palavras de um desafio num poema maravilhoso .
ResponderEliminarAbraço