Noite de trovões,
de arruaça nos céus.
Uma casa destacando-se,
na sua pequenez,
no meio da cidade.
Por entre as árvores,
fui-me chegando,
as mãos tremendo no gesto;
gesto contido,
os dedos acariciando o vidro,
mais do que batendo.
Repeti,
a voz sussurrada
a acompanhar o chamamento;
respondia-me o fragor,
anulamento da minha chamada.
O quintal,
as árvores-penumbra,
continham a sombra
que me seguia,
quase réstia de mim.
A janela abriu-se,
nem terão sentido
os meus passos.
(fonte da imagem:
http://junkpit.net/2011/freehand-flinders-street-at-night-colour-and-black/)
(publicado no blogue 77 palavras de Margarida Fonseca Santos)
Um poema que deixa a minha imaginação à solta. Parece um "guião" de um filme. Gostei muito.
ResponderEliminarUm beijo, Jaime.