É no silêncio da noite,
no ancoradouro dos mistérios,
que os salpicos do tempo
se depositam nas tuas mãos;
ocultos,
os tempos que te passeiam
vão desaguar na fronte
de uma estátua,
restos de uma identidade
esquecida, já;
os teus passos acetinam
o chão que te envolve,
as paredes guiam a tua sombra
em nesgas de lápis-lazuli,
a luz apresenta-se
como personagem
de uma peça por ti encenada;
chegaram os tempos
das trevas,
dos muros escorrendo
saliências,
das vozes de guerra,
troando,
da alegria emigrante
refugiada algures
no vento norte...
Sobra o tempo,
e, com ele,
faz-se
e desfaz-se...
(fontes das imagens:
n/a)
Com o tempo as impossibilidades deixam de ter existência...ou talvez não.
ResponderEliminarSem certezas, deixo-me embalar no balanço das tuas palavras.
beijinhos
O tempo está em tudo, em todo o lado...
ResponderEliminarUm magnífico poema, gostei.
Jaime, tem um bom resto de semana.
Abraço.