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quarta-feira, 18 de maio de 2011

EM SI

(...)
regresso ao sinistro:
a tua dor sopra trepadeiras leves;
é como as moedas
com que vou pagando,
entre dores e gemidos,
ao coração, o troféu;
foste som verdejante,
mas hoje
já nem a tua luz me sorriu;
esqueci que afecto eras,
nem talvez isso me afectasse;
lentamente,
nas minhas mãos, já perladas,
 faz-se manhã,
o despertar de um sonho vadio,
o desprezo de uma flor gotejante...
(baseado num texto de
Valter Hugo Mãe,
publicado no blogue de moriana)
(fonte da imagem:

4 comentários:

  1. A manhã
    desperta
    lentamente

    na palma da mão

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  2. Muito bom.
    Gostei.
    Um abraço, caro amigo.

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  3. Quando a madrugada se toca com as mãos fica-se em estado de graça...
    Um beijo.

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  4. por vezes certas leituras, inspiram-nos.

    gostei muito do poema e das imagens escolhidas.

    um bom final de semana!

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