Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
Páginas
▼
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
queda XV
Hoje encostei-me ao meu passado, àquilo que me enformou, formatou. Baixei os olhos e nada vi: os meus tempos, sorrisos abraçados a brisas, filmes sem realização, nada: apenas o vácuo entre os dois hemisférios. Os trejeitos que a vida foi dando, as quadrilhas, os tangos, as mornas, os swings, foram deixando gotejar, sem pressas, secamente, os pedaços desconexos, cegos, desta marcha tonal, afónica, a que chamas, com aparato, (ostentação, até) existência, estrada de redenção, meu caro semelhante, meu querido irmão...
Sem comentários:
Enviar um comentário