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terça-feira, 28 de setembro de 2010

(des)crever

Remiro-me ao espelho do que escrevo:
cada palavra, cada respiração, cada suspiro,
eu trato com tesoura de poda, cinzel delicado;
busco o signo, a semente, o sentido,
no sortilégio de uma ténue inquirição.

Sou o meu destino,
todos os alfabetos se me subjugam,
vagos, quase frugais;
releio-me na cobiça da excelência;
espero-te no descarregar de cada página...
(fonte da imagem:
http://www.techfemina.com)

4 comentários:

  1. "Sou apenas a forja em que me forço a fazer da palavra tudo ou nada" dizia Ary dos Santos... Não posso estar mais de acordo ao ler este poema...
    Um grande beijo.

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  2. O espelho do que escrevemos, ainda que as imagens possam estar distorcidas, somo nós.
    Belo poema, gostei.
    Abraço e bom fim de semana.

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