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quarta-feira, 2 de junho de 2010

khyros

Se os meus dedos agarrassem
a sombra,
a névoa
que escorre pelos teus tempos;
se as palmas das minhas mãos
vaiassem
as mágoas,
as feridas
que se escoam já
pelas tuas ruelas;
se os meus punhos nus
esmagassem
a cabeça disforme
dessa tua tristeza;
então seria o teu sorriso
o cais, o refúgio,
o caminho largo
dos meus pulsos libertos!
(fonte da imagem:
http://www.herakleidon-art.gr/,
M. C. Escher: "Traço de união")

4 comentários:

  1. às vezes
    quando a noite acolhe a lua
    numa manta de retalhos sobre a água,
    penso os teus cabelos de sol longo
    presos à leitura dos dias que oxidam a plenitude do olhar.

    (…)

    e penso-te como ave
    que as minhas mãos libertaram.

    “ Se os meus dedos agarrassem a sombra” esquálida
    que um dia, nefastos ventos semearam
    ah, que poema épico
    guardaríamos para as nossas madrugadas!

    Um beijo Jaime
    e um sorriso, preso à lua

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  2. Se por dentro de um sorriso crescer uma fonte, hás-de ser livre como um rio...
    Um beijo.

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  3. Beijocas e bom fim de semanaaaaaaaaaaaaaaaa:-)))

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