Agora,
as minhas mãos mascaram-se de fumo,
penetram até às frinchas dos sonhos,
rolam por entre os últimos raios de sol,
atrevem-se pelas minhas doces memórias,
suspiram entre ais de flores bastardas.
Agora,
os meus caminhos já não te inquietam,
as minhas ilusões calam-se na noite,
os meus olhos perdem-se sonâmbulos.
Pois agora
a rendição,
o pranto,
a esquiva,
triangulam-se
na espera
da hora
vadia.
(fonte da imagem: http://catedral.weblog.com.pt)
longe
ResponderEliminaronde as montanhas
adormecem retalhados suspiros de sol
deixei o fulgor doce das flores abertas à luz.
deixei o fulgor entrincheirado
nos ocasos inclinados da palavra.
atenuo os fragmentos do poema.
agora
que as mãos se inquietam
servas de uma agonia bastarda.
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um beijo Jaime
As mãos: exiladas no sonho, ávidas de ter, sem justificação para a fadiga ou a coragem...
ResponderEliminarUm beijo.