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Em frente do teu rosto
Medita o adolescente à noite no seu quarto
Quando procura emergir de um mundo que apodrece
(Sophia de Mello Breyner Andresen, "Che Guevara" in "O Nome das Coisas" )
... os dedos passeiam-se pela viola,
os caminhos fecharam-se há anos,
apenas o ar medíocre,
deslavado,
se estende ao seu redor;
o jovem fita,
Che retribui-lhe os olhos,
em desafio felino,
(em jeito de hasta la victoria, siempre!...),
do braço da viola suspiram cantos
de la Sierra,
quase longínquos,
distantes. O Sol vibra,
[em deixas
de esquecimento],
e o mundo apodrece,
em gestos de vaidade,
de pequenina mesquinhez,
enquanto o adolescente
sem entender,
suicida lentamente a esperança,
ornada de trágicas,
secas mortes,
em louvor de coisa nenhuma!
(imagem retirada da net)
Lembrar aqui Sophia e Che Guevara com um poema fantástico, que me tocou "o jovem fita,
ResponderEliminarChe retribui-lhe os olhos,
em desafio felino... Em louvor de coisa nenhuma"...
Obrigada pelo momento.
Um abraço.