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segunda-feira, 20 de julho de 2009

sonho de mente

Já a brisa se despenhou.
Cristais esguios,
línguas e madeixas
de troncos ensimesmados,
arcas de tesouros vazias sem pedras,
nem nada.
Velhos búzios
encaracolam sopros de marés
que nunca houve
nem na mais mítica das quimeras.
As marés do mare nostrum
trazem relíquias
em forma de ânfora,
mas elípticas,
parabólicas,
talvez velhas equações
já esquecidas.
O volume do cone
quase dá os litros da mistura,
assim detida.
Um quarto de rajada
leva os restos de brisa,
melenas navegando.
Com tão pouco,
miríades de coisa nenhuma
afastam-se de rojo,
entre dois esgares
duma hárpia esvoaçante.


(imagem retirada da net)

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