espero viver dentro de mim
(Natália Correia in Defesa do poeta)
Quero um lápis,
uma tecla,
não, muitas teclas!
Quero escrever-me,
e desafogar-me.
Quero esfolar-me as entranhas,
o juízo, a demência absurda
de quem só já tem a liberdade.
Quero ser a antecâmara insuportável
do nascimento,
da morte (in)esperada,
da alegria e da felicidade e do perdão,
e da fúria e do choro e do ranger de dentes.
Sim, quero chegar a minha vida aos outros,
sem que eles me conheçam
e me execrem ou aplaudam
A indiferença com que os miro,
leva à rojo minha capa de desprezo.
Quero, com o que escrevo,
viver,
mais
e mais
em mim!!
(fotografia retirada da internet)
o nosso olhar não reflecte a riqueza do que acumulámos em nós?
ResponderEliminar(mesmo assim, será indiferente?)
bjs.
Indiferente? A nossa riqueza é tão "nossa"... mas nós somos tão "variabilis" ;)
ResponderEliminarBeijos