Não há eterno;
o infinito prometeu sua morte.
Já não vivemos,
as promessas
caíram em mãos indiferentes.
Já nem a tua voz
me leva à resposta.
As palavras doeram,
na ruína dos afrescos;
já não (h)ouve um coração;
estradas solidárias
não carregam o sol da manhã.
Fugi;
da minha boca vazou o silêncio;
meus pés julgam-se em atalhos,
em atalhos de bruma.
Não há fado,
sina,
o sempre.
Apenas uma luz fugaz,
entre dois palmos de fumo.
"da minha boca vazou o silêncio;
ResponderEliminarmeus pés julgam-se em atalhos"
Um poema muito bom.
Beijos.
Na era do barulho, o silêncio deveria ser "vazado" em doses monumentais...
ResponderEliminarUm bom feriado