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terça-feira, 13 de maio de 2008

hoje é dia feriado

Espio-me pelas grades d'ontem.
O feriado não chegou a despontar;
restou a tarde,
o frio pela janela fora,
um gemido espinha acima,
olhos de longe,
em fuga.

(...)
A cadeira só,
um quarto soterrado,
as mão cortadas,
abertas,
secas...
antemanhã,
já dia silente -



(inspirado em Andreii Tarkovskii, in Moriana)

2 comentários:

  1. "Olá, meu amigo. Há quanto tempo?... Estás com boa cara! Então essa labuta?"

    Ou isso, ou gostar (sempre) de te reencontrar, de te reler.

    Num misto de prazer parasita e fraterno com que vejo correr nas linhas deste teu texto-torrente - outrora um blog - os dias destilados de quem estupidamente resiste à dormência da vida e se impede de cerrar os olhos em espanto.

    "Há quanto tempo, meu amigo?..."

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  2. Há quanto tempo, meu amigo?
    Entre a saudade de estarmos todos juntos e o prazer de te (re)ler vai tempo, mas o tempo talvez nem exista...

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