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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

... aurora...


Desliza pelo tempo

uma aurora muda.

Entre os dedos,

sinto a lonjura

de dias que já não há;

em simetria dupla,

revejo meus passos;

na lentidão

dum desejo quase consumado,

a noite enrosca-se-me,

numa seda suave,

morna,

mirando

aquela aurora,

suave,

pura,

tranquila...

7 comentários:

  1. A aurora, se ela falasse muito teria para contar... muitos desejos, sonhos, partilhas,...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Muito belo este poema!

    Mereces o prémio abaixo.

    Beijo

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  4. Piedade,
    bem-hajas por apareceres, és sempre muito bem vinda.
    Adoro escrever e a resposta de quem me lê dá-me ânimo para continuar (passe o lugar-comum...).
    Beijos

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  5. ...e tens que continuar, amigo meu.
    Auroras como as que descreves não podem ficar fechadas em gavetas trancadas.
    É sempre bom que as partilhes connosco.
    Beijo amigo

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  6. Helena, amiga. Tu és daquelas pessoas que têm o dom de me ajudar a "desenroscar" e vir para o ar livre mostrar(-me).
    Bem-hajas pelas críticas, por tudo o que me deixas aqui.
    Beijos

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