ar
Vês tu?
É o vento que se acerca,
o sobressalto.
Traz consigo,
nos bolsos do poema,
dois, talvez três,
risos escusos.
Não vês o pardo areal
brilhando louco na gesta
mais do que esquecida,
desprezada?
Não vês o vento,
o espanto,
a dor ressaltada?
Não vês os olhos baços,
presos nas esquinas das águas?
Não vês?
Por favor!
Não vês?
(...)
Não.
A tua voz ressalta,
quase canta,
mas teus olhos
fecham-se à matiz dourada
do tempo de agora...
2023-01-22T19:21:17+00:00
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