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terça-feira, 11 de dezembro de 2018


Há muitas noites:
as de insónia e desespero,
os olhos esventrando o tecto;
as de glória e honra,
os olhos buscando a lua;
as de farto aconchego,
os olhos buscando os teus.
Pingam as estrelas,
em jeito vivaz e mordente,
jura o pó sobre si próprio,
uma vez que a ele retornará.
Escorro-me pela noite acima,
busco os corpos celestes,
as crostas do tempo,
as tampas dos caixotes
em que se alojam vetustos ET.

Afinal,
os meus olhos fundaram
o Universo.

 (Poema publicado pela primeira em Belas Artes Belas

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