na fronteira,
na mistura baça
da madrugada
que antecede a lâmina.
Espera-se a alva,
o silvar,
o zunido cego,
já.
A luz espraia-se,
há um humor pétreo,
uma quase-cascata
que impera
precipitando-se
sobre os velhos arrozais,
migalhas de um Oriente
ao dobrar da esquina.
É a cor púrpura,
que a tudo remete,
que a tudo destina,
é a cor púrpura
que aponta
para lá do Ser,
para lá da Visão
e do Conhecimento.
Virtude primitiva
de um caminho
a que se chama hoje
consciência,
saber até.
Haverá
uma cor
púrpura bastante,
que envolva
que cubra
que [nos] tape, até?
Regra de busca,
de regresso,
redenção última,
alento fugaz.
(foto do autor
obtida com telemóvel)
obtida com telemóvel)
Dos aromas de urze e alfazema. Da cor púrpura. Dos afectos que a incidência da luz nos recorda...
ResponderEliminarUm belíssimo poema, Jaime.
Uma semana boa.
Um beijo.
Já aqui não passava há muito.
ResponderEliminarFoi bom voltar a ver-te