terça-feira, 26 de novembro de 2013

K

Flor


Hoje,
vi a flor 
reverdecer,
o verde a alastrar
pelos campos acima,
parecia que o vento norte,
a chuva salgada,
tinham tomado um atalho,
um caminho,
que nos deixava a flor,
o regaço oculto
das ervas,
dos arbustos,
que pariam
mais e mais flores.
E os pólenes bailavam,
nas braçadas  
de tojo em estio,
entre os galhos
no meio dos pastos
semeados pelo vento.

("Guarda-te dos mares,
das ondas e da espuma.
Caminha pelo leito seco
das águas e sorri ao vento,
teu companheiro de viagem."
Fala de Orestes a Plauto,

dramaturgo e poeta

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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

K

pinho

verde,
verde
verde 
que te quero verde;
um trilho,
marcado pelas rodas,
directo ao longe,
às asas das nuvens;
caminhas à rés
dos campos,
das flores,
dos pinhais,
o Sol brincando
entre os ramos,
os teus passos marcando
a espera;
há galhos que pisas
e guardam na memória
os tempos de Natal:
a fogueira, 
a Árvore,
os restos da mesa;


o verde,
o verde,
a flor do verde pinho...
(fonte da imagem:
http://maratonabttmangualde.blogspot.pt/2013/08/imagens-do-percurso.html)

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

K

flores em jeito de fim

sim,
esta é a hora
da nossa terra,
dos caminhos
(da noite)
das campas
alvas, delicadas,
servindo de poiso
aos gaios;
lembras-te
quando deslizavas 
as tuas mãos 
no frugal assalto
aos goivos
e aos lírios?


é na brancura
e no escuro da noite
que adormece o Sol,
em gestos suaves
de agonia,

num empréstimo
de flores 
[já extintas]

("Quando caminhares,
anda na bruma da verdade,
da paz; talvez encontres
a fruição no pó do caminho..."
Fala de Plauto a Tucídides,
seu discípulo nas horas silenciosas)

(fonte da imagem:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Saint_Remy_les_Chevreuse_Cemetery_Fake_Ceramic_Flowers_02.jpg)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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