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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

geografia


Já esqueci a geografia.
Obliterei caminhos,
rosáceas,
batentes de sombras.
Embrenhei-me,
desenvolto,
nas poeiras fumegantes,
nos incensos já mortiços,
nos passos rasos 
dos tempos
de reis-faraós,
césares depois,
imperadores,
mais tarde czares,
distantes, sempre;
talvez amados,
sim,
em algumas geografias,
mas vagos,
mapas em branco,
tão reticentes...

(Primeiramente publicado em:
http://gps-poetasdomundo.blogspot.pt/)

(fonte da imagem:
http://shekinah-shalom.blogspot.pt/2011_02_01_archive.html)

3 comentários:

  1. Belíssimo jogo de palavras em geografias tão reais quanto imaginárias...

    Continuação de boas festas!

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  2. Em jeito de balanço, "passos rasos"

    sem marcas definidas na indefinição dos mapas...

    Um beijo

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  3. Vamos esquecendo os caminhos... o tempo vai apagando quase tudo...
    Magnífico poema, gostei.
    Jaime, caro amigo, desejo que tenhas um excelente ano de 2014.
    Abraço.

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