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segunda-feira, 22 de julho de 2013

descendente

Além, nada vislumbro,
a meus pés, 
sombras,
apenas.
O garrote
ainda solto,
as mãos
albergam trevas,
a cabeça,
deixa-se penetrar,
para muito longe.
Faltou-me o pé,
a longilínea forma
da harmonia,
mas a queda 
não é fatal,
os olhos 
nem resvalam,
o alvo queda-se,
mudo,
e a manhã
ergue-se 
na simetria 
dos afagos...




(foto do autor
obtida com telemóvel)

2 comentários:

  1. O poema deixa-nos na dúvida. Mas essa é uma constante dos poetas.
    E é isso que é certamente relevante!
    Um forte abraço!

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  2. Tempo que o tempo há-de mudar!
    Que estejas bem...

    Um abraço

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