Que fizeste do tempo que te hão consentido?
Que bafos respiraste,
que passos deste
para que teus sonhos se não completassem?
Praticaste o crime dos sem-memória,
daqueles que velam nas esquinas
transidos, apertados pelo ontem, pelo amanhã;
exumam o hoje,
entre gargalhadas dispersas, cavas,
e cruzam os olhos nas distâncias,
nas paredes onde medras,
líquene,
musgo,
graffiti imaculado,
espelho curvo sobre ti mesmo...
(fonte da imagem:
http://ledali.com/page/1/salvador-dali,
Salvador Dali: "Persistência da memória)
sob o signo da Poesia... Portuguesa aqui vim bater!
ResponderEliminargostei da "respiração" do teu Poema! que revela qualidade. muita.
aceita um abraço
Um poema para nos interrogarmos. Um poema para que a nossa memória não esqueça entregas e recusas...
ResponderEliminarUm poema muito belo.
Um beijo.
Leio-te há algum tempo.
ResponderEliminarE noto, desde a primeia vez até agora, uma grande evolução.
Este poema, por exemplo, tem uma solidez poética notável.
Não sei onde vais parar, mas presumo que bem alto...
Um abraço, caro amigo.