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sexta-feira, 2 de julho de 2010

queda V

Caminho pelos teus olhos,
nas estradas lentas,
em restos de falhas apocalípticas.

Diz-me!!
Quem levou as garras,
as fúrias?
Quem aninhou os mares
nos tufos das dunas mnésicas?
Porque erraste pelas praias,
orlas divinas do Santo Ganges ?
Onde estacaste, erva vil,
vasta e ávida de vacuidade?

As lavas ancestrais
choram pelo tempo afora,
deslizam pelas arquejantes têmporas perladas
soçobrando de incertos louvores.

Divago, pois;
e à beira da Lua,
a minha sombra
retém já os teus olhares,
fugazes vestes atónitas...
marcos, pedras, estremas,
padrões vadios de tempos outros.
(fonte da imagem:

2 comentários:

  1. Oii Jaime!!

    Valeu pela visita em meu blog, coloquei pra fora a criança que vive dentro de mim, gosto bastante de poesias infantis, afinal foi assim que conheci o mundo literário.

    Quanto a Queda V, sinto que estás com pontinhos de decepção... acertei??

    Abraços e apareça sempre!!

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  2. Sim, é verdade Ana. Há decepções: umas são responsáveis pessoas, outras nem isso. Deve ser a condição da vida, não será?
    És sempre bem-vinda, beijos!

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