Vagueei na imperfeita orla
de rios entrecortados,
correndo pelas vastas memórias
de outroras esculpidos.
Subi ao poço de encantos,
na beira do restolho do tempo:
nacos de luz espalhavam
suspiros de olhos ocres
em poentes quase sagrados;
onde estariam meus dedos
aninhados nos sons
de pensamentos altivos?
O regresso não tinha prazo
nem demora:
rodeei os ponteiros,
tornei-me paz,
espanto,
até doçura;
nas águas suspensas,
soberbas,
mergulhei o cansaço,
o esvoaçar dos pensamentos (...)
(imagem retirada da net)
às vezes somos um regresso sem prazo ao espanto da memória.
ResponderEliminare à beira das águas, um poente de suspiros na margem do tempo...
onde guardar a boca dos meus dedos
e o esvoaçar dos pensamentos?
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um beijo Jaime, de lua