É o vento que se acerca,
o sobressalto.
Traz consigo,
nos bolsos do poema,
dois, talvez três,
risos escusos.
Não vês o pardo areal
brilhando louco na gesta
mais do que esquecida,
desprezada?
Não vês o vento,
o espanto,
a dor ressaltada?
Não vês os olhos baços,
presos nas esquinas das águas?
Não vês?
Por favor!
Não vês?
(...)
Não.
A tua voz ressalta,
quase canta,
mas teus olhos
fecham-se à matiz dourada
do tempo de agora...
(imagem retirada da net
in abcgallery,
Auguste Renoir:
"Rajada de vento")
Gostei do teu poema, caro amigo.
ResponderEliminarA tua escrita continua a evoluir pela positiva.
Bom resto de semana.
Abraço.
olha-me!
ResponderEliminarsou um mar cruzado
na memória de naufrágios
rasto perdido de navios muito
antigos, choro de marinheiros.
olha
o vento nos ombros.
o escombro na pele.
por favor, olha-me...
não, há uma luz que emana das águas
e me cega
____
um sorriso de luz, como rota.
Não posso deixar de "comentar este teu comentário", marés. Há uma força que emana, as imagens tão "gráficas"... Gostei mesmo muito!
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