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segunda-feira, 6 de julho de 2009

miradas


Nada. Sólo el cuchillo de Muraña.
Sólo en la tarde gris la historia trunca.
No sé por qué en las tardes me acompaña
El asesino que no he visto nunca.
(Jorge Luís Borges in Antología poética, 1923-1977)

O braço armado
da chacina,
segue-me
marcando os meus caminhos,
esquivos,
sombrios,
toldando-me os sentidos.
A tarde cinzenta
leva as marcas de água,
até pingarem de nostalgia,
de saudades.
Há passos que resvalam
na esguia lousa.
E nem a sesta de Muraña
rompe um braço armado
que nunca vi
e que fende a história
que me afasta.
(imagem retirada da net)

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