em fio de arco,
rasar a terra,
baixar em clemente campo de flores.
Há um lugar imenso,
secreto,
tal jardim de Allah.
Recolho-me na sua entrada insuspeita.
Entre frondosas incógnitas,
entre arbustos alvos,
passo sorrindo;
estou só, pois.
Há um poente entre os roseirais,
enfronho-me em mim,
qual bicho em demanda de si.
Esquecidas as ruelas
abrem-me os braços;
fico na entreaberta posse de mim.
Passo por mim próprio,
miro o Sol rendilhado,
parca nesga do seu lumiar.
Em adolescentes bocejos
perco-me na preguiça do silêncio.
Nada se ouve,
nem cascatas de tritões,
nem chilreios doces;
apenas eu,
abraçando este meu jardim secreto,
este eu que se volatiliza em meigos mimos...
(imagem retirada da net)
Muito bonito este poema. Achei-o doce, tão doce! Beijos.
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