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domingo, 28 de junho de 2009

margens


o corpo está,

Alinhar ao centroa alma voa,

sem rumo,

sem destino, chegada

ou regresso.

O curso dos rios

traz a imagem rude,

disforme,

do corpo em anelos

sinuosos.

Brilha o horizonte tranquilo,

voa, em desvios sonoros,

a alma incerta,

quase discreta.

O corpo queda-se

no rol longo

de uma saída intramuros.


(inspirado no excerto do poema de Wislawa Szymborska "Gente na Ponte", publicado em moriana)

(imagem retirada da net)

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