Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
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quinta-feira, 7 de maio de 2009
A rua do quiosque
Sonhei uma álea,
quiosque de pastiches,
tinta-da-china,
linha quase dolorida.
Ao canto, numa frinja,
entre dois leões escapados do pó,
uma água-furtada espreita.
Para nada ou ninguém.
As quatro pessoas não passam;
sorriem ao nada,
ao infinitamente branco
dum enquadramento alegre,
entre gargalhadas espumosas.
Sempre sonhei assim a minha rua.
Qui-la assim,
assim ma deram.
Possuo-a
como o dedilhar,
amoroso, filigranado,
do mestre guitarrista,
na ternura envolvente do seu amor,
nos olhos que soerguem aquela álea,
a semiabrigam do sol,
lhe levam gotículas de água,
e suspiram de enlevo.
(retirado do blogue em que participo gps-poetasdomundo.blogspot.com)
Belo!! Gostei imenso. Beijinhos.
ResponderEliminarGostei muito de conhecer a tua rua. No quiosque, o que se toma?
ResponderEliminar:)
bjs.
No quiosque toma-se, sobretudo, a amizade e o prazer de estar com (parece que o cafézinho acompanha bem...)
ResponderEliminar;)