Na passagem do uivo,
senti a brisa,
descarnada,
quase em fumo,
ou pó,
ou ambos.
Caminhei ainda,
dois cravos em justa liberdade;
papoilas,
memórias livres
(ainda).
Segui os passos da Via Crucis:
amarrações, cordames,
cercas vivas;
ao longe uma Caveira.
Caminhei,
a volta à passagem do uivo.
Tudo se sacudiu sobre mim:
somos livres, liberdade,
suor em sangue;
as flores esquecidas,
as palavras decaindo.
Encharcado em memória,
espreitei o amanhã,
arrepiado...
(imagem retirada da net)
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