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sábado, 25 de abril de 2009





Sublinho, entre as forças,

a parede que de ti me afasta.

Uma parede escorrente,

tinta que a desvanece,

não a leva.

Vou-me,

entre três ou quatro cravos,

já esquecidos,

por entre gravatas e sorrisos adiposos.

A parede fincada mira-me,

vê-me com o garbo dos fracos e dementes,

dos que esqueceram o fortuito rodapé,

em maneirismos de sanidade.

A parede sem gritos, sem vitórias,

no mar dos limos já largados,

escureceu os olhos,

já húmidos,

ao meu desdém,

em perspectiva longínqua.



C'est magnifique l'Avril au Portugal...
(imagem retirada da net)

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