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quarta-feira, 22 de abril de 2009


quando pousaste a tua mão macia


nestas letras trémulas,


esse teu gesto, mais do que prometido,


era ausência.


As letras,em giroscópico lance,


fundiam-se pela madrugada,


obscura, ressonante,


triste na sua geografia.


Caminhava, ia,


soprando as páginas,


que houveras tocado,


delicada em ardor grácil,


mavioso.


A madrugada,vazia, destituída, entre brumas,


já te não toleravaa decifração...




(15 de Abril de 2009 16:41 em moriana2 inspirado em Fernando Guimarães)

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