Caí-me sobre o caos.
Meus braços, pernas, todo
pendiam como roupa pendurada
numa qualquer ruela medieval.
Um velho suor,
doutras paragens,
transbordou de dedos
fatigados de batalhas
de outros,
para outros.
Só me restavam as armas
e memórias de sangues.
Só armas,
memórias apagadas
de verde,
muito verde,
das colheitas de nós.
Com a espada não se ceifava;
nunca se havia ceifado,
ou feito o que fosse.
Pintarroxos, grilos,
já não o metal,
a imprecação.
Endireitei-me,
a espada sob o queixo;
nada era dos meus olhos;
então, meu exército,
pela primeira vez,
retirou.
Sem plano de batalha,
derrotado por si próprio.
O inimigo: eu mesmo.
Dera-me a el-Rey.
Nada tinha,
nada era.
Um espírito malquisto,
uma maldição errática.
O esconjuro de ter sido d'el-Rey...
Deus guarde el-Rey!
(Foto tirada da net)
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