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sábado, 5 de maio de 2007

Fala-me...

Fala-me ao ouvido, sim
diz-me onde foste
esbragar paredes
para te doerem as mãos,
diz-me se os malmequeres
ainda crescem perto dos ninhos das cobras,
se as borboletas ainda se escapam
por entre as garras dos açores;
fala-me do ponto
onde tudo acontece
e a vida cristalizou;
fala-me de ti
de ti só
sozinho,
lânguido,
suspenso entre o cá e o lá...

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