Da boca afogada, saiu um qualquer gemido. Sentada, hirta, as costas pareciam um espaldar.
Esperava; pontos de água pura rendilhavam-lhe as faces vermelhas, cor dos olhos.
As mãos retorciam-se num trapo velho mas alvo.
Gemeu de novo. O banco de madeira onde se sentara acompanhou-a.
Os pés cruzados, firmes no chão de pedra, as mãos sem parar.
Os olhos, fogo apagado, miravam para lá da parede, para lá...
Não soluçava, apenas, a espaços, um gemido, as faces brilhantes...
(...)
Fechei os olhos; em toda aquela imagem viva, sofredora, dolorosa, esmagada, não era necessário depor um corpo; ela era uma Pietà...
Esperava; pontos de água pura rendilhavam-lhe as faces vermelhas, cor dos olhos.
As mãos retorciam-se num trapo velho mas alvo.
Gemeu de novo. O banco de madeira onde se sentara acompanhou-a.
Os pés cruzados, firmes no chão de pedra, as mãos sem parar.
Os olhos, fogo apagado, miravam para lá da parede, para lá...
Não soluçava, apenas, a espaços, um gemido, as faces brilhantes...
(...)
Fechei os olhos; em toda aquela imagem viva, sofredora, dolorosa, esmagada, não era necessário depor um corpo; ela era uma Pietà...
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ResponderEliminarMomentos da vida, derradeiros momentos, em que o sofrimento espalhado nas rugas de um rosto, e abafado num gemido quase imperceptível, acrescido nuns olhos que olham sem ver, fazem de muitas mães "Pietàs" de muitos filhos "Cristos".
ResponderEliminarUm beijo amigo