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sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Prostração

Cansaço,
tristeza.
Céu pardo,
escuro.
Nada vejo
para lá
da minha pele.
Em círculos,
a memória nada traz.
Cai-me o pano,
negro.
Cerro os olhos,
marejados.
A parede
estende-me seus braços;
enterro-me pelo chão.
Curvo a cabeça,
arrependido...
fecho-me os braços
e espero.
Lancina-se-ma a garganta,
seca de não gritar
a tantos ventos
o meu querer feroz,
animal.

Deixem-me!!!
Deixem-me práqui!!!

Eu sonâmbulo de mim,
nada mais quero...
apenas,
o passo desejado...

1 comentário:

  1. Se bem entendi, Quim, anda por aí muito desânimo.
    Mas, ultimamente, ando com as ideias um pouco confusas...
    Desde o início do teu poema, até à "parede estende-me os seus braços"
    É como me sinto neste momento.
    A diferença é que nem a parede me estende os braço (para o bem ou para o mal)
    Mas estendo-tos eu num abraço.
    E + um beijinho

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